Abril Verde é o mês voltado à segurança do trabalhador. A campanha busca a conscientização de trabalhadores e empregadores quanto à melhoria das condições de trabalho, a redução dos acidentes e os agravos à saúde do trabalhador, além de mobilizar a sociedade para prevenção das doenças que ocorrem em decorrência do trabalho.

O mês escolhido faz referência ao Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. No Brasil, a Lei n.º 11.121/2005 institui a celebração dessa data no dia 28 de abril.

Segundo dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT), no Brasil, em 2018 (último ano da pesquisa), ocorreram 623,8 mil acidentes de trabalho entre a população com vínculo de emprego regular e cerca de 2 mil óbitos, um crescimento de 13,5% em relação ao ano anterior que registrou 549,4 mil acidentes de trabalho.

No Paraná, foram 48.847 notificações de acidentes de trabalho em 2018, sendo que desse total, 197 terminaram em óbitos.

Em Telêmaco Borba, no ano de 2019 recebemos 831 notificações de acidentes de trabalhos, sendo 102 graves e duas fatais com investigação realizada pela Vigilância em Saúde do Trabalhador. Ações corretivas foram solicitadas às empresas e trabalhadores, também foram feitas ações preventivas como palestras, orientações individuais aos trabalhadores e inspeções em ambientes de trabalho.

Esses números elevados demostram a importância da campanha Abril Verde. Neste ano, em razão das recomendações da situação de emergência na saúde pública, o Telêmaco Borba continua em alerta quanto às ações de segurança e saúde do trabalhador, com ênfase na prevenção de contaminação com o Coronavírus.

A enfermeira do Trabalho da Vigilância em Saúde do Trabalhador, Marta Scheraiber Silveira, explica ainda que as empresas estão reforçando os cuidados com a segurança para evitar a contaminação e propagação do vírus no ambiente de trabalho.

As melhores alternativas, de acordo com a profissional, estão sendo buscadas para este momento, com reforço nos cuidados de higiene nos ambientes das empresas, a distância entre os trabalhadores, disponibilização de pia com água, sabão líquido e papel toalha descartável, álcool 70%, entre outras ações que dificultem a transmissão do vírus através de gotículas ou contato. “Os restaurantes das empresas estão servindo refeições individualizadas e espaçando acomodações entre as mesas, por exemplo. Com orientação, o setor do transporte dos trabalhadores está sendo feito com vidros abertos para melhorar a ventilação, além do reforço na higienização dos veículos. Também são orientados os trabalhadores a informar a chefia em caso de suspeita de contaminação”, frisou.

Profissionais de saúde e a falta de EPIs

No Brasil e no mundo, profissionais da área da saúde são hoje os mais atingidos pela pandemia, pelo contato direto com pacientes infectados. O número crescente de atendimentos tem gerado a falta de insumos para esses profissionais. A maior dificuldade é o desabastecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs) pelos serviços de saúde, como máscaras, protetores faciais e outros. Por isso, os estabelecimentos não estão medindo esforços para buscar junto aos fornecedores de EPIs e outras alternativas, reiterando que as empresas precisam ficar atentas às recomendações de adquirir apenas EPIs homologados, e que o uso de máscaras caseiras, de pano, são medidas recomendadas apenas para o cidadão comum. O trabalhador que está exposto ao risco biológico tem que utilizar um EPI homologado pelo fabricante.

Cuidados necessários aos profissionais da área da saúde

Os trabalhadores da saúde, como linha de frente do enfrentamento da epidemia, profissionais de saúde devem seguir protocolos, tanto nas rotinas de atendimento quanto na presença de pacientes com sintomas suspeitos. Os principais são a organização do Fluxo de Atendimento e o uso de EPIs de acordo com o tipo de atendimento. Intensificar a higienização das mãos, que é uma das medidas mais efetivas para a prevenção de disseminação das doenças, além dos clássicos cinco momentos, o profissional deve higienizar as mãos durante a retirada dos EPIs e após tocar superfícies que podem estar contaminadas. Pacientes também devem ser orientados a lavar as mãos com frequência.

 

Fontes de apoio: Crea/PR com  Ministérios da Saúde e da Economia

Faça seu comentário!

Transparência

Ouvidoria

Vacinômetro

Agenda Vacinas

 

 

 

Ação Organização

Checklist Dengue

Boletim COVID-19

Boletim da Dengue em Telêmaco Borba