A história de uma localidade é formada pelas memórias de todos aqueles que passaram tal território. São as diferentes relações sociais estabelecidas naquele espaço que, no decorrer das gerações, vão conformando as características daquela sociedade, seus saberes e comportamentos. Nesse sentido, quando pensamos sobre a história de Telêmaco Borba, não estamos nos referindo apenas ao trabalhador industrial moderno, que com seu suor ajudou a construiu o município tal qual conhecemos, mas a todos aqueles que por nossa região passaram e ajudaram a construir quem hoje somos.
O início do desenvolvimento local é bastante remoto. Existem vestígios arqueológicos em nossa região datados de 9.000 a 2.000 anos. Segundo levantamento realizado para a construção da Usina Hidrelétrica Mauá, situada no rio Tibagi, entre Telêmaco Borba e Ortigueira, foram encontradas aproximadamente 50 mil peças de antigos grupos humanos, como recipientes cerâmicos e pontas de flecha, entre outros. O que mais surpreendeu os pesquisadores foram duas casas subterrâneas, que serviram provavelmente para a fixação de grupos da Tradição Itararé, antepassados dos indígenas Caingangues. Nestes locais foram encontrados restos de fogueiras, de alimentos e fragmentos cerâmicos. Tais achados demonstram que temos um passado indígena muito rico, porém, ainda são poucos os estudos dedicados a esse período.
A partir do início da colonização do Brasil, outros grupos humanos começaram a passar pela nossa região, com destaque para os brancos europeus. Há registros afirmando a presença desses exploradores na “região do Alegre” desde o início do século XVI[2]. Segundo Mercer e Mercer, por volta de 1532, Aleixo Garcia foi um dos primeiros europeus a conhecer a localidade. Anos mais tarde, em 1541, ocorreu uma segunda expedição: D. Alvar Nunez Cabeza de Vaca dirigiu-se aos Campos Gerais para reconhecer as terras que, pelo Tratado de Tordesilhas, pertenciam à Espanha. Nesta época, dada a topografia local, nossa região já era conhecida e figurava uma importante via de comunicação para a colonização espanhola, permitindo o trânsito entre Paraguai, Guairá, Vila Rica e São Paulo.
Além desses e outros exploradores, os jesuítas espanhóis fixaram-se em território paranaense entre 1557 e 1577, fundando diversos aldeamentos indígenas, visando “civilizar” e evangelizar os nativos. Entre as reduções empreendidas, destaca-se Encarnación, localizada nos fundos da Fazenda Monte Alegre. Em relação à abrangência do movimento de catequização, em vinte anos foram aldeados mais de cem mil nativos, entre guaranis, caiuás e arés. No entanto, as iniciativas de colonização espanhola por meio das reduções foram desmanteladas com as ações de bandeirantes, que buscavam nos aldeamentos indígenas já habituados ao trabalho nos moldes europeus, afim de captura-los e vendê-los como escravos.
Padres e aldeados das reduções que ainda não haviam sido invadidas fugiram pelo rio Paranapanema e Paraná - o que levou ao despovoamento temporário de nossa região (Mercer e Mercer, 1934). Cerca de 30 anos mais tarde, os caingangues, refugiando-se da expansão paulista, encontraram asilo em nossos campos. Desse período até o início do século XVIII, esses indígenas lutaram contra à ampliação dos domínios do homem branco. A resistência dos caingangues ao expansionismo colonizador custou muito sangue, principalmente indígena.
Um elemento que, desde os primórdios da exploração europeia, atraiu toda sorte de aventureiros e exploradores para a região foi sua fama relacionada à riqueza mineral. A presença de ouro na região é conhecida desde 1720 e o primeiro diamante foi encontrado em 1754. Desse período em diante, as notícias sobre metais preciosos no rio Tibagi atraíram muitas pessoas, contribuindo para o início do povoamento que mais tarde se tornaria o município de Tibagi – do qual Telêmaco Borba fez parte até 1964.
A origem de Tibagi, no sentido de uma localidade reconhecida pela Coroa Portuguesa[3], se deu a partir da concessão de sesmarias (grandes lotes de terras) àqueles que possibilitaram o “despontar da civilização” com o extermínio e expulsão dos caingangues de nossas terras. José Félix da Silva foi o bandeirante paulista responsável pela eliminação do elemento indígena na região. De acordo com os relatos, José Félix tornou-se Sargento-Mor e levantou muralhas ao redor de seus domínios, chamando-os de Fazenda Fortaleza. Como os indígenas frequentemente atacavam aquela área, José Félix e seu capitão do mato, Antonio Machado Ribeiro, organizaram uma milícia armada (formada por homens livres e, principalmente, por escravizados), a fim de aniquilar os indígenas que habitavam aquelas paragens. Foi assim que onde hoje é Harmonia – Telêmaco Borba ocorreu o combate da Mortandade, que levou ao genocídio dos indígenas locais. A “chacina do Tibagi” foi assim descrita por Fernandes (1974, p. 19-20):
"A tradição registra um espetáculo de crueldade sem par, na qual os selvagens foram encurralados num morrinho onde hoje é o Hospital e o Hotel Ikapê em Monte Alegre. Não foram respeitadas, nem mulheres, nem crianças. O sangue empapou a relva e correu em filetes para as águas do riozinho próximo. Os cadáveres ficaram amontoados e por muitos dias os corvos sobrevoavam os corpos insepultos. Desde então, o rio e toda a região passou a chamar-se Mortandade, nome que só foi mudado 150 anos depois."
Como recompensa pelo assassinato indígena, a Coroa Portuguesa gratificou-o com muitas terras, entre quais estava a Fazenda Monte Alegre. José Félix destinou ao seu capitão do mato e ajudador os campos do quadrante Iapó-Tibagi, lugar onde já havia alguns ranchos de mineiros e mais tarde seria a sede do município de Tibagi. A posse de Antonio Machado Ribeiro foi registrada em 1794.
É importante ressaltar que as sesmarias de nossa região se desenvolveram sobretudo devido à contribuição da população negra, capturada no continente africano e submetida ao trabalho escravo ao chegar ao Brasil. Além da atuação nas fazendas e com o gado, por vezes também trabalhavam para seus senhores na exploração dos metais preciosos. Como consequência do desenvolvimento do capitalismo, ocorreu a abolição do trabalho escravo no país. Muitas famílias de africanos e afro-brasileiros permanecerem na região, e seguem contribuindo com seu trabalho para o progresso local.
O aumento da população na região de Tibagi foi também estimulado pela comercialização de animais entre Rio Grande do Sul e São Paulo. O movimento hoje conhecido como Tropeirismo era formado por comerciantes que vendiam, em especial, cavalos e mulas, mas também bois, porcos e outros produtos, para atender às demandas de Minas Gerais. Como o relevo do Rio Grande do Sul era propício para a criação de muares e cavalares, esses eram transportados por toda a região Sul do Brasil até serem vendidos nas feiras de Sorocaba e destas eram levados à região das minas – travessia que passava por nossa região. Segundo Mercer e Mercer (1934, p. 55), Tibagi
"pela sua posição geográfica, passou a ser o centro da gente direta e indiretamente ligada àquele comércio, dos aventureiros à cata dos minérios (ouro e diamantes) e das pessoas interessadas na penetração dos sertões tibagianos, em busca de terras e outras riquezas abundantes naquelas paragens. Assim foi o Povoado crescendo na construção de casas e em população."
Outro surto de mineração ocorreu 1912, promovendo ainda mais o crescimento de Tibagi. Muitos garimpeiros e suas famílias vieram de Minas Gerais, Mato Grosso e Bahia, “atraídos pela tentadora notícia de grande mancha de diamantes graúdos e límpidos, encontrada na cachoeira do Barreirinho – hoje sob a ponte que liga as localidades de Telêmaco Borba e Harmonia, sede da grande fábrica de papel da firma Klabin” (MERCER, 1981, p. 03). Esses trabalhadores fixaram-se nas diferentes localidades de Tibagi, incluindo a Fazenda Monte Alegre, de onde saíam em busca de metais preciosos. Outra onda de migrantes chegou à região em 1916, quando da descoberta de novas minas de diamantes e também de carvão. Com o crescimento da população, os diversos distritos espalhados pelo vasto território de Tibagi foram se emancipando, tornando-se municípios independentes.
Embora a emancipação de Telêmaco Borba date de meados do século XX, o processo histórico que contribuiu para este fato é anterior. Após o falecimento do coronel José Félix da Silva, as terras correspondentes à Fazenda Monte Alegre foram sendo herdadas por familiares, até que, em 1926, o genro de seu neto entabulou um alto negócio envolvendo-as e as perdeu. Tratava-se de uma companhia colonizadora que iria investir na região. A Companhia Agrícola e Florestal e Estrada-de-Ferro Monte Alegre pretendia explorar as riquezas locais: além da construção de um ramal ferroviário que ligaria Monte Alegre à estrada de ferro São Paulo – Rio Grande do Sul e da pretensão de colonizar o local com o assentamento de 5.000 famílias alemãs, visava a exploração mineral e vegetal, bem como o incentivo à agricultura. Entretanto, tal empreendimento não foi exitoso.
Para que fosse possível a concretização do projeto, partindo da avaliação das terras, os sócios fizeram especulações vultuosas na Europa e nas Américas. Além do capital estrangeiro, a Companhia conseguiu 4.000 contos no Banco do Estado do Paraná. Diante dos relatórios encorajadores enviados aos acionistas, estes investiram grandes somas para a realização do empreendimento. Todavia, os gastos elevados com os estudos para a exploração local e os salários pagos aos técnicos foram maiores que o capital inicial. Assim, em 1931, um dos credores requereu a 1ª falência. Apesar da Companhia ter escapado do primeiro requerimento, o segundo, em 1932, foi solicitado pelo Banco do Estado do Paraná[4].
Como a única coisa de valor a oferecer para quitar as dívidas eram as próprias terras, a massa falida foi à leilão em 1933, sendo arrematada por 4.000 contos pelo próprio Banco. Como os estudos realizados pela Companhia afirmavam grande riqueza vegetal, apontando para a possibilidade de construção de uma fábrica de papel e celulose na região, a Fazenda Monte Alegre foi oferecida pelo interventor Manuel Ribas aos industriais da família Klabin – que já eram conhecidos por atuar neste ramo. A escritura de promessa de compra e venda foi assinada em 1934 e em 1941 a de compra definitiva. Deste período até o pleno funcionamento da indústria, em 1947, diversas foram as relações políticas e sociais que permitiram a concretização do empreendimento.
Quando do início do projeto, havia cerca de 200 pessoas que moravam em Monte Alegre, descendentes de Pedro Ferreira Prestes (também conhecido como Pedro Lagoa), remanescente do processo de colonização. Por se tratar de uma localidade pouco desenvolvida, em comparação aos grandes centros da época, a construção de uma fábrica no interior do Paraná, próxima à matéria-prima, requisitou o desenvolvimento de toda uma infraestrutura para receber os trabalhadores e suas famílias e para garantir a produção industrial. Isso, de fato, só foi possível mediante a união de interesses privados e públicos – afinal, o presidente Getúlio Vargas foi um grande entusiasta do projeto, já que o empreendimento atendia às políticas de substituição de importações e de desenvolvimento do interior do Brasil[5].
A alternativa encontrada para a viabilização de uma fábrica de papel e celulose no interior do Paraná foi a construção de uma cidade-empresa, ou seja, uma espécie de “minicidade”, onde “um conjunto de equipamentos comunitários incluindo habitações, edifícios de pequeno comércio, escola, hospital e áreas de lazer pertencem a uma companhia e onde é exercido controle sobre a entrada e saída de pessoas, configurando um núcleo urbano ‘fechado’” (PIQUET, 1998, p. 04). As estratégias de controle adotadas nesse tipo de empreendimento perpassavam também pela manutenção da mão de obra afeita ao trabalho. A oferta de casas, serviços de saúde e assistência social, lazer e entretenimento, para citar alguns exemplos, constituíam fortes atrativos aos trabalhadores. Ao mesmo tempo, os equipamentos vinculados à moradia, como o uso da água e da energia elétrica, eram objetos de pressão.
Seguindo as concepções que pautam as cidades empresas, foi construído na Fazenda Monte Alegre o bairro residencial da fábrica, formado pelas vilas Harmonia, Caiubi e Operária. O responsável escolhido pelo Presidente Vargas pela execução do projeto foi Luiz Vieira, engenheiro-chefe que estendeu sua administração aos mais diversos aspectos da vida em Monte Alegre, incluindo a vida privada dos operários. A intervenção estatal e empresarial na organização social local atendida a uma questão fundamental: Monte Alegre havia sido concebida para ser um modelo à industrialização do país e assim precisava se configurar.
A possibilidade de uma vida melhor em Monte Alegre atraiu muitas pessoas. Em 1946, a população da Fazenda era de 4.104 habitantes; em 1950, já ultrapassava 12 mil habitantes. Com esse contingente populacional, a oferta de moradias aos funcionários tornou-se um problema para a empresa. Assim, após a consolidação da produção industrial, o plano de desativação (inerente aos projetos de cidades-empresa) optado pela Klabin envolveu a progressiva transferência dos operários para outra localidade. Nesse sentido, em 1952, Horácio Klabin, um dos diretores administrativos da Klabin, organizou um loteamento do lado oposto a fábrica em relação ao rio Tibagi, para a formação de um núcleo habitacional independe da empresa. Surgia, então, “Cidade Nova”.
Logo após o início do loteamento, visando estimular a transferência dos trabalhadores de Monte Alegre para Cidade Nova, os lotes foram vendidos em prestações acessíveis aos trabalhadores e Klabin doou as casas em madeira habitadas por seus operários e famílias para serem desmontadas e montadas no novo endereço. Nesse mesmo intuito, ocorreu também a construção da ponte de concreto sobre o rio Tibagi e o bonde aéreo.
Desse período em diante, Cidade Nova só cresceu. O aumento da cidade contribuiu para o desejo de independência local. Diversas foram as ações visando a emancipação da localidade, até o momento em que interesses políticos contribuíram para a emancipação local:
"Com uma rápida tramitação na Assembleia Legislativa do Estado, foi aprovado um projeto de lei que criava 59 novos municípios no Paraná. Esse projeto transformou-se, com a sanção do Governador Moysés Lupion, na Lei n. 4.245 de 25 de julho de 1960 que criava, entre os 59 municípios referidos, o Município de Cidade Nova. (CARVALHO, 2006, p. 121)."
Por se tratar de um estratagema político, a criação do município era uma forma de manter o domínio do grupo que se aliava aos interesses da oposição local. Assim, após as eleições de 1960, que elegeu Ney Aminthas de Barros Braga, em 31 de dezembro de 1960, a Assembleia Legislativa do Estado promulgou a Lei n. 26/60, que extinguiu o município de Cidade Nova.
As discussões políticas em torno da elevação de Monte Alegre e Cidade Nova à município independente de Tibagi seguiram. Em 5 de julho de 1963, foi sancionada a Lei n. 4.738, criando o município de Telêmaco Borba. O nome escolhido gerou controvérsias, já que a escolha se deu por influência então Presidente da Assembleia Legislativa Estadual, Deputado Guataçara Borba Carneiro, neto do coronel tibagiano Telêmaco Augusto Enéias Morosini Borba – contrariando aqueles que preferiam o nome da cidade atrelado à indústria[6].
As primeiras eleições do agora município de Telêmaco Borba foram realizadas em 1º de março de 1964, elegendo Péricles Pacheco da Silva como prefeito e mais 9 vereadores – entre eles, uma mulher eleita e outra suplente (Zélia de Lourdes Almeida Battezati e Eloah Martins Quadrado, respectivamente). A instalação oficial do município de Telêmaco Borba ocorreu em 21 de março de 1964, data em que os governantes tomaram posse de seus mandatos.
O município seguiu crescendo e se desenvolvendo. Por essa razão, em 1966 foi criado o distrito de Imbaú, elevado à categoria de município pela lei estadual n. 11.220, de 8 de dezembro de 1995.
Ana Flávia Braun Vieira[1]
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CARVALHO, D. R. Telêmaco Borba o município: história política da capital do papel e da madeira. Curitiba, 2006.
CORAIOLA, André Miguel Sidor. Capital do Papel: a história do município de Telêmaco Borba. Curitiba: A. M. S. Coraiola, 2003.
COUTO, Ronaldo Costa. A saga da família Klabin-Lafer. Rio de Janeiro, RJ: Chermont, 2017.
CRUZ, A. S. L. Vestígios arqueológicos são resgatados na Usina Mauá. Disponível em: https://www.copel.com/ci/_edicoes/299/vestigios_arqueologicos_sao_resgatados_na_usina_maua.jsp.
FERNANDES, Hellê Vellozo. Monte Alegre: cidade-papel. Curitiba, PR: Símbolo, 1974. Disponível em: https://pt.slideshare.net/Telemaconline/monte-alegre-cidadepapel-hell-vellozo-fernandes.
LICCARDO, A.; CHIEREGATI, L. A.; PICANÇO, J. História da extração de diamantes – Bacia do Rio Tibagi. Disponível em: http://www.geoturismobrasil.com/Material%20didatico/Liccardo%201%20-%20Hist%C3%B3ria%20da%20Extra%C3%A7%C3%A3o%20de%20Diamantes%20na.pdf.
MERCER, E. A.; MERCER, L. L. História de Tibagi. Prefeitura Municipal de Tibagi, 1934.
MERCER, L. L. Última aventura no garimpo. Separata de: Estante Paranista – Curitiba, 1981.
NOVAK, E. S.; MOTA, L. T. Desiguais e combinados: índios e brancos no vale do Rio Tibagi – PR na primeira metade do século XX. Campos, v. 14, n. 1-2, p. 77-113, 2013. Disponível em: http://revistas.ufpr.br/campos/article/view/42471/25830.
PIQUET, R. Cidade-empresa: presença na paisagem urbana brasileira. Jorge Zahar. Rio de Janeiro, 1998.
VIEIRA, Ana Flávia Braun. Para além do papel: o Jornal O Tibagi e a construção do discurso fundador de Telêmaco Borba - PR. Ponta Grossa, PR: Texto e Contexto, 2019. Disponível em: https://www.textoecontextoeditora.com.br/assets/uploads/arquivo/b4ae3-e-book-para-alem-do-papel.pdf
WILLER, M. R. Harmonia: uma utopia urbana para o trabalho. 1997. 226f. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1997. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/27148/D%20-%20WILLER%2c%20MARCELO.pdf?sequence=1&isAllowed=y.
[1] Historiadora mestre e doutora em Ciências Sociais Aplicadas. Professora Colaboradora do Departamento de Educação da Universidade Estadual de Ponta Grossa.
[2] No início da exploração local, os arredores da Fazenda Monte Alegre eram conhecidos como “região do Alegre”, dada a proximidade com o rio Alegre.
[3] Após o Tratado de Madri, assinado em 1750, as terras paranaenses que se encontravam sob domínio espanhol tornaram-se responsabilidade portuguesa.
[4] Esse golpe foi intensamente noticiado na imprensa paranaense da época.
[5] Ademais, como o Presidente Getúlio Vargas utilizava amplamente da imprensa para fazer propaganda e legitimar seu governo, este entendia que o país não poderia permanecer vulnerável ao abastecimento de papel – já que a matéria-prima para sua produção era importada. Segundo Assis Chateaubriand, “a fábrica de papel e celulose do Tibagi se fez, não porque os Klabin a quisessem construir naquele momento, mas porque assim o entendeu exclusivamente Vargas” (apud COUTO, 2017, p. 227).
[6] Nomes como Pinholândia, Pinheiral, Wolfflândia e Klabinópolis foram posteriormente discutidos, mas prevaleceu a denominação em homenagem ao famoso coronel e político da região (CORAIOLA, 2003).
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