Há três anos, nos deparamos com um dos maiores desafios relacionados à saúde pública registrados na história recente: a Covid-19. Para enfrentá-la só havia uma solução: a vacina.

Desde o surgimento da doença, uma força-tarefa mundial se desdobrou para produzir uma vacina eficaz contra o coronavírus. Ela começou a ser aplicada no mundo ainda no final de 2020 e no Brasil chegou no começo de 2021.

Em Telêmaco Borba, o marco foi em 19 de janeiro, data que trouxe comoção e esperança à população, e, principalmente, aos profissionais da área da saúde que estavam na linha de frente no atendimento aos pacientes.

A pandemia já dura mais de mil dias e durante esse tempo houve novas variantes, mas com menos letalidade, especialmente com o aumento no número de pessoas vacinadas. Desde a aplicação da primeira vacina até agora, Telêmaco Borba registrou mais de 215.000 utilizadas no público acima de seis meses de idade. Para se chegar a esse número, foram utilizados sete imunizantes diferentes, destinados para várias faixas etárias estabelecidas.

No início, as vacinas CoronaVac, AstraZeneca, Janssen (dose única) e Pfizer, todas para adultos e grupos específicos, foram utilizadas de maneira escalonada. Depois, com o avanço das pesquisas científicas, as farmacêuticas ampliaram e desenvolveram doses aplicáveis em adultos, bebês, crianças, adolescentes, até chegarem às vacinas bivalentes.   

Atualmente, o Brasil possui uma vacina bivalente autorizada pela Anvisa, da Pfizer. As bivalentes podem ser consideradas uma segunda geração do imunizante, ou seja, são aquelas que possuem em sua composição a cepa original e subvariantes. No caso desta vacina, a bivalente protege também da variante Ômicron, atualmente predominante no mundo.

Tanto as bivalentes quanto as monovalentes (da primeira distribuição), agem do mesmo modo no organismo, na defesa contra o vírus Sars-CoV-2. Essas vacinas estão sendo aplicadas no momento em idosos acima de 60 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, e pessoas com deficiência permanente. Trabalhadores da saúde, gestantes e puérperas, a população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional deverão ser vacinados já nas próximas semanas.

Já são mais de dois anos de vacinação e três desde o início da pandemia. Somente após a aplicação das doses é que conseguimos ver os casos se tornarem menos graves e os óbitos diminuírem. Se não fosse a vacina, não teríamos esse cenário que temos hoje. Foi um grande pacto coletivo pela retomada da normalidade e agora estamos na fase da retomada desse pacto, com as bivalentes, o que vai garantir um futuro ainda mais tranquilo para todos nós.

A chegada e a aplicação das primeiras doses gerou, em grande parte da população, euforia, pois, agora distante, foi o que permitiu o início de uma flexibilização no confinamento das pessoas. Após a completude do chamado esquema vacinal primário, composto por duas doses ou dose única, vieram as doses de reforço (DR) para complementar a proteção.

A DR é recomendada para pessoas a partir de cinco anos. Para essas crianças, até 11 anos, por exemplo, deve ser usada a vacina pediátrica da Pfizer. Uma segunda dose de reforço é recomendada, no Paraná, para a população acima de 18 anos, elevando ainda mais a proteção. Com o avanço da quarta dose, por exemplo, o Paraná retirou a obrigatoriedade do uso de máscara.

O esquema vacinal para pessoas imunocomprometidas e crianças de seis meses até quatro anos é diferenciado em relação ao da população em geral, sendo composto por três doses.

Em novembro do ano passado, crianças de seis meses a dois anos e 11 meses foram contempladas com a dose “baby”, da fabricante Pfizer, com composição e dosagem diferentes das pediátricas. Para crianças de 3 a 4 anos foi autorizada a aplicação da CoronaVac, duas doses, com intervalo de 28 dias.    

Os dados do vacinômetro nacional do dia 13/03/2023 registravam ao todo 215.984 doses aplicadas no município, sendo 71.758 primeiras doses (D1), 66.767 segundas doses (D2), 4.180 doses únicas (DU) 73.256 doses de reforço (R, R1, R2, DA). Das crianças de 5 a 11 anos, 7.286 já receberam a D1, o que representa cerca de 61,5% deste público e 430 bebês (6 meses a 2 anos) iniciaram o esquema vacinal com a primeira dose. Da população elegível para o reforço com as vacinas bivalentes, 1956 telemaco-borbenses já receberam o imunizante.

Ainda assim, existem pessoas que não receberam nenhuma dose ou não completaram o esquema vacinal primário contra a Covid-19.

ESFORÇO COLETIVO – A distribuição para as salas de vacinas e aplicação de todo esse quantitativo de doses somente foi possível graças à organização da logística, envolvendo diversos atores para armazenamento, distribuição e administração de vacinas em tempo recorde.

As iniciativas de repescagens, vacinações extra muros garantiram que centenas de telemaco-borbenses fossem imunizados aos finais de semana e em horários alternativos em 563 dias de vacinação.

Atualmente a vacina contra a covid 19 encontra-se disponível nas 17 unidades de saúde todas as terças e quintas, além das ações de repescagens realizadas com frequência e divulgadas no site.

Estamos neste certo conforto, sem óbitos ou hospitalizações graças ao avanço da vacinação. Temos casos de Covid, mas a grande maioria casos leves, sem maiores complicações. A vacinação é um pacto coletivo, pois além de proteger individualmente protege coletivamente.

 

Texto: Marlise Marcondes – Chefe da Divisão Municipal de Saúde Pública

Faça seu comentário!

Transparência

Ouvidoria

Vacinômetro

Agenda Vacinas

 

 

 

Ação Organização

Checklist Dengue

Boletim COVID-19

Boletim da Dengue em Telêmaco Borba