Nesta terça-feira (29), mais duas palestras on-line em comemoração à Semana do Orgulho LGBTQIA+ serão realizadas.

O primeiro tema a ser abordado será com a psicóloga do Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS) Samuel Klabin, especialista em saúde da família e mestre em educação profissional da saúde, Danieli Aparecida dos Santos.

Ela vai falar sobre “Atuação do CREAS com pessoas LGBTQIA+ vítimas de violência” às 19 horas. O vídeo estará disponível nas plataformas digitais da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Recreação (SMCER).

Às 20 horas, Guilherme Sachs fala sobre “Junho Arco-íris: Diversidade de gênero e de orientação sexual em foco”. Ele é graduado em Letras hispano-portuguesas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), em Pedagogia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), em Artes Visuais pela Universidade Metropolitana de Santos e Geografia (UNIMES), especialista em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade do Norte do Paraná (UNOPAR) e mestre em Estudos da Linguagem na área de concentração de Linguagem e Educação pela UEL. Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná, ministrando aulas no Ensino Médio, na Licenciatura em Física e na Especialização em Ensino de Ciência e Tecnologia.

Guilherme defende uma educação intercultural e inclusiva. Anti-LGBTI+fóbico, pró-feminista, antirracista e, totalmente, avesso às desigualdades sociais.

Nesta quarta-feira as palestras terão sequência com os temas “Diversidade dentro de grandes companhias”, e “Sugestões literárias para LGBTQIA+”.

A Semana do Orgulho LGBTQIA+ têm o objetivo de ajudar a combater o preconceito e marcar a luta pelo reconhecimento dos direitos civis de toda a comunidade dos LGBTQIA+ para a construção de uma sociedade livre de preconceitos independente da orientação sexual e identidade de gêneros e foi elaborada pela SMCER.

 

A Rebelião de Stonewall

Em 28 de junho de 1969, uma das mais importantes rebeliões civis da história se inicia no Stonewall Inn, em Greenwich Village, nos Estados Unidos. Gays, lésbicas, travestis e drag queens enfrentam a força policial em um episódio que serviu de base para o Movimento LGBT em todo o mundo.

Conhecido como a Rebelião de Stonewall (ou Stonewall Riot, em inglês), o episódio durou seis dias seguidos como uma resposta contra a ação arbitrária e preconceituosa do efetivo policial, que tinha como rotina a promoção de batidas e revistas de cunho humilhante nos bares e boates gays da cidade de Nova York.

Uma das principais consequências da rebelião foi a criação de dois importantes grupos para a história do Movimento LGBT: o Gay Liberation Front (GLF) e o Gay Activists Alliance (GAA).

Já para a vertente transexual, apesar de não haver consenso sobre um episódio específico, a criação da publicação Transvestia: The Journal of the American Society for Equality in Dress, do ano de 1952, foi um marco importante para a luta trans nos Estados Unidos. Isso sem contar que a própria Rebelião de Stonewall contou com a participação importantíssima de duas travestis: Sylvia Rae Rivera e Marsha P. Johnson.

Por fim, a articulação do movimento lésbico ganhou muita força durante a segunda onda feminista, que abrangeu as décadas entre os anos 1960 e 1980. Dentro do próprio movimento feminista, a crescente tensão entre as mulheres heterossexuais e as mulheres lésbicas fez com que, aos poucos, elas se auto organizassem em sua própria luta.

Hoje, o Movimento LGBTQIA+ abrange diversas orientações sexuais e identidades de gênero de modo que, mesmo sem uma organização central, promove diversas frentes de luta pelos direitos civis da comunidade.

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