"Nada Sobre Nós, Sem Nós" – esta frase que nasceu na década de 80, através da luta das pessoas com deficiência pelo reconhecimento de seus direitos, inspirou a equipe do NADEPAR - Núcleo de Atividades e Desenvolvimento do Paradesporto, durante um bate-papo com professor Mário Sergio Fontes - supervisor do Paradesporto da Esporte Paraná, e motivou a equipe a realizar um convite muito especial.

A Casa da Cultura está passando por uma ampla reforma, está ficando modernizada e dentro das normas legais, inclusive nas questões referentes acessibilidade.

Para garantir que todo o trabalho seja desenvolvido de forma a atender as demandas desse público, a Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Recreação (SMCER) convidou um grupo de PCD para visitar as obras do prédio, conhecer as diversas adaptações que já estão sendo feitas e apontar novas necessidades que o grupo observe ser necessário.

O grupo foi formado por, Marcos Alves Camilo, Bruno de Oliveira, Ketlyn Teixeira e Allan Lopes, quatro cidadãos telemacoborbenses, com deficiência e com engajamento nas discussões sobre inclusão e nas ações de enfrentamento a exclusão.

Para Fabrício Flores, secretário de Cultura e Esporte, foi uma visita eficiente e muito agradável. Segundo ele, durante a visita o grupo conheceu e experimentou rampas, banheiros, elevadores, espaços reservados e ao mesmo tempo apontou uma série de adaptações que serão feitas, e que certamente irão contribuir para promover a inclusão e garantir o respeito dos direitos das pessoas com deficiência.

A professora Silvana Dias, técnica da equipe NADEPAR, reconhece que esta ação é muito importante, não só para as PCD, mas para toda sociedade telemacoborbense e para equipe da SMCER, enquanto servidores públicos comprometidos com a inclusão.

“Estamos cumprindo nosso papel”, diz a professora, visto que este movimento de inclusão já se iniciou na década de 80 e até hoje estamos “ engatinhando” nessa luta. Nosso compromisso é atender a demanda das PCD e estimular a sociedade a reconhecer e respeitar todos as pessoas, independentemente de suas características individuais.

Silvana informa que já no Censo 2018 o Brasil contava com cerca de 45 milhões de deficientes, e que o mesmo estudo mostrou que cerca de 20 % da população brasileira tem algum tipo de deficiência, “isso nos prova com estatística que já passou da hora de revermos nossos conceitos e nossas ações, nós estamos fazendo nossa parte e torcendo para servirmos de espelho para órgãos públicos e sociedade civil”, argumenta.

 Anderson Rogério Wendt (Bello), coordenador do NADEPAR, reforça a necessidade de ações que respeitem e cumpram os direitos das PCD. Bello relembra que a história da inclusão remonta a idade média, nessa época pessoas com deficiência física e/ou  mental eram perseguidas e  mortas, muitas foram mandadas para fogueira vista como possuídas por espíritos malignos, tempos depois eram retiradas da sociedade e mantidas em calabouços, asilos e hospitais. O coordenador enfatiza que a história das pessoas com deficiência é marcada por exclusão, é já passou da hora de dar um rumo diferente a essa história.

 Para professora Silvana, temos que nos perguntar, será que de uma forma diferente, ainda não estamos olhando para deficientes como mesmo olhar segregador ? Será que ao permitir a existência de locais sem acessibilidade, não estamos novamente retirando as PCD da sociedade e privando da liberdade? 

É urgente a necessidade de tirarmos a inclusão do papel, enfrentar o capacitismo e promover ações efetivas de enfretamento a exclusão.

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