O Museu Histórico Municipal (MHM) lançou na quarta-feira (28), o Projeto Lembranças e Memórias” o qual tem por objetivo apresentar a história local através do relato oral, considerando a memória com espaço depositário de bens simbólicos, como cita a autora Márcia G. Fochi, na obra: Memória e História Oral.

A convidada especial, Cyleide Noélia Gomes Farias, filha do saudoso compositor Serafim Colombo Gome, o “Gomarábica”, estreou a I edição do Projeto, o qual será efetivado por meio de duas entrevistas por mês. A emoção e a nostalgia contagiaram a entrevista que foi conduzida pelo jornalista André Romanowski.  

O convite partiu da iniciativa da equipe do Museu, devido o XV Festival Gomarábica estar sendo realizado na mesma semana do cronograma do Projeto, entre os dias 28 a 30 de outubro.

Cyleide, enquanto filha do compositor, falou da sua infância em Goiás e das lembranças do pai e do artista. Mesmo um pouco tímida em revelar a vida particular do pai e da família, Cyleide trouxe muitas informações acompanhadas de uma rica coleção de fotografias do compositor, onde ela detalhou a historiadora Cinthia Benck, especificidades e lembranças nostálgicas do compositor em cada fotografia apresentada.

Entre a entrevista gravada e os bastidores da gravação, tudo foi registrado com carinho, profissionalismo e dedicação de todos os envolvidos. Pois como aponta o Secretário de Cultura, Esporte e Recreação Fabricio Nunes Flores. “A história do município precisa ser contada pelas pessoas que contribuíram e contribuem para o desenvolvimento da nossa cidade. E o Projeto Lembranças e Memórias irá subsidiar essa demanda”, opinou, acrescentando que Gomarábica elevou o nome do município com a sua composição Poeira.

A técnica em Artes e Cultura, Adriana Andrade, relatou: “O museu vem passando por uma reestruturação, adequando seu acervo, suas coleções de forma que uma narrativa seja exposta ao visitante do espaço museológico. Neste sentido o Projeto Lembranças e Memórias, irá acrescentar a esse acervo em salvaguarda, os relatos orais que serão coletados nesses encontros que tem a previsão de acontecer quinzenalmente, conforme o cronograma e o aceite dos eventuais convidados”, e complementa: “O cidadão telemaco-borbense é nosso maior tesouro, pois são de suas histórias, de suas narrativas, lendas, que construímos esse material que será preparado pela historiadora que muito vem acrescentado ao processo de reestruturação”.

Para todo este trabalho técnico, a historiadora Cinthia Benck, irá preparar de forma especifica o material que estará disponível a partir do ano que vem no acervo de pesquisa e documentação do MHM. “Esse material será de acesso ao público com as devidas recomendações e manipulação do material, que será supervisionado por um profissional treinado”, comenta a historiadora, ressaltando que a história oral é um ramo relativamente novo e inovador de realizar o registro histórico.

Fotos: Adriana Andrade 

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