A ONDA – Organização Neurodiversa de Direito dos Autistas em conjunto com a Prefeitura de Telêmaco Borba realizou no dia 18 de junho (sábado), no Centro Cultural Eloah Martins Quadrado (Casa da Cultura), a I Mostra Cultural de Artistas Autistas.

O evento, considerado pelos organizadores e participantes como um sucesso, ocorreu justamente no dia em que se comemora o Dia Mundial do Orgulho Autista. A data foi instituída em 2005, por uma organização americana que atua em prol do direito das pessoas com autismo. No Brasil, especificamente em Brasília, um grupo de pais, familiares e amigos de pessoas com autismo, aderiu ao movimento, e desde então, a data tem se tornado mais popular no país a cada ano.

A Mostra teve no saguão exposição de fotos com a fotógrafa Bruna Kanzler; de desenhos com o desenhista Cauã Ribeiro; de esculturas e desenhos com artesão e desenhista, Diogo Tagliatella; de medalhas de Juarez, artista circense e medalhista Paranaense de Atletismo da Associação das Pessoas com Deficiência de Telêmaco Borba – ATITUDE;  de telas com a pintora e artesã Eduarda Monike Viana; de escultura em legos com o escultor Matheus Antônio Guimarães Biancon.

A ação foi totalmente adaptada aos autistas, às palmas em Libras e as luzes do teatro ficaram acessas para evitar sobrecarga sensorial.

As conselheiras da ONDA de Telêmaco Borba, Ariane Guralh, Ida Mara Malinowski, Priscila Guimarães Biancon e Silvana Lima, abriram a Mostra no Teatro Sirinho.

Na sequência houve uma séria de apresentações com o Palhaço JG que animou o público ao contar piadas, fazer mágicas e malabarismos.

A música teve um espaço importante com os bateristas Theo e Tarik; a apresentação de Danilo, o cantor do meme do Cordeirinho, depois, o pianista João Divino. O representante da APAE, Luis Felipe interpretou uma música. Pedro Cubliski acompanhado pela Banda Jemn também fez o seu show.

Na dança o destaque foi a bailarina Valentina juntamente com a escola de dança MUVE. Enquanto que o poema ficou ao encargo do poeta Augusto.

A APTAA – Associação de Pais, Terapeutas e Amigos dos Autistas esteve representada pelo grupo de Karatê.

A I Mostra Cultural de Artistas Autistas foi finalizada com a apresentação do Coral que foi especialmente idealizado para esse dia especial.

A ONDA-Autismo, por meio da Conselheira Estadual do Paraná, agradece a participação dos inscritos e de toda a comunidade que esteve presente e colaborou com alimentos que serão revertidos a famílias carentes de autistas pela APTAA.

“Esperamos que o evento do ano que vem seja tão bem sucedido e emocionante quanto o desse ano”, afirma Ariane.

Sobre o Dia do Orgulho Autista

O objetivo do Dia do Orgulho Autista é mudar a visão negativa da sociedade em geral quanto ao autismo, passando o autismo de “doença” para “diferença” e assegurar que as pessoas com autismo não são doentes, mas sim, que elas possuem algumas características próprias que lhes trazem desafios e recompensas únicas. É a essência da comemoração.

Desafios, superações, conquistas, orgulho.

Uma data especialmente dedicada a celebrar o orgulho. Sim! Mas o orgulho, para muitas famílias, leva um tempo. Quando uma suspeita ou um diagnóstico chegam ao seio de uma família, diversos sentimentos também batem à porta. E a partir de então, muitas fases desses sentimentos e da rotina familiar passam a ocorrer.

O orgulho passa por um processo de aceitação diária em todos os sentidos, inclusive no fortalecimento familiar, na reparação de lacunas deixadas com o “luto” – o qual necessita-se transformar em capacidade humana de lutar. O diagnóstico nos engessa por um tempo, é como se o transtorno fosse o fim, e não é. Apenas, é o começo de uma vida diferente das regras a que fomos criados socialmente”.

A troca de experiência entre famílias que estão passando ou já passaram por situações semelhantes fortalece e contribui para o melhor convívio com o diagnóstico. Essas trocas, muitas vezes, são proporcionadas pelo ambiente terapêutico e tendem a se ampliar com o tempo de convivência. A afinidade e alinhamento com os terapeutas e demais profissionais que possam estar inseridos no acompanhamento também são fatores contribuintes para a aceitação, convivência, autonomia e orgulho das famílias de pessoas com autismo.

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