A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que iniciará a vacinação de crianças de 06 meses até 02 anos e 11 meses e 29 dias, com o imunizante Pfizer Baby, com comorbidades contra a Covid-19. A vacinação ocorrerá na quinta-feira (24), das 09 às 14 horas, na Clínica da Criança.
A Saúde explica que recebeu um pequeno quantitativo e as crianças nesta faixa etária, com comorbidades, terão prioridade. Para ser vacinada, os pais ou responsável pela criança deverá apresentar comprovante da comorbidade (box com as comorbidades no final da matéria), declaração médica, receita dos medicamentos ou exame.
Para vacinar, além do comprovante de comorbidade, a criança deve levar documentos e a Carteira de Vacinação.
RECOMENDAÇÃO
A Secretaria de Vigilância em Saúde por meio do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis recomendou a vacinação de crianças de 6 meses a 2 anos de idade (2 anos, 11 meses e 29 dias) com comorbidades.
O esquema primário será composto de três doses em que as duas doses iniciais devem ser administradas com quatro semanas de intervalo, seguidas por uma terceira dose administrada pelo menos oito semanas após a segunda dose para esta faixa etária.
Reitera-se que o Ministério da Saúde recomenda a administração concomitante de vacinas COVID-19 com as demais vacinas do calendário vacinal ou em qualquer intervalo na faixa etária de 6 meses de idade ou mais.
Destaca-se que as crianças acima de 3 anos, já tem indicação de iniciar o esquema vacinal com o imunizante CoronaVac. Neste momento, a indicação da vacinação das crianças entre 6 meses e 2 anos de idade deverá ser seguida somente com o imunizante Pfizer, assim como de 3 e 4 anos com o imunizante CoronaVac, tendo em vista os quantitativos limitados desses imunizantes.
Para fins de identificação das comorbidades e, de acordo com o Plano Nacional de Operacionalização contra a Covid-19 - PNO, em sua 13º edição, indivíduos que fazem acompanhamento pelo SUS, poderão utilizar o cadastro já existente na sua unidade de referência, como comprovante que este faz acompanhamento da referida condição de saúde, a exemplo dos programas de acompanhamento de diabéticos. Aqueles que não estiverem cadastrados na Atenção Básica deverão apresentar um comprovante que demonstre pertencer a um dos segmentos contemplados, podendo ser utilizados laudos, declarações, prescrições médicas ou relatórios médicos com descritivo ou CID da doença ou condição de saúde, CPF ou CNS do usuário, assinado e carimbado, em versão original.
NOVA VARIANTE
O surgimento da variante Ômicron BQ.1 reforça a importância da vacinação para proteger contra a COVID-19, visto que dados preliminares sugerem aumento da transmissibilidade desta variante, o que faz das crianças ainda não vacinadas um grupo com maior risco de infecção, conforme vem sendo observado em outros países.
A vacinação de crianças de 6 meses a 4 anos contra a COVID-19 poderá evitar infecções pelo SARS-CoV-2, hospitalizações, Síndrome Respiratória Aguda Grave e óbitos, além de complicações como a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica e, ainda, condições pós-COVID-19.
No dia 16 de setembro de 2022, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a ampliação de uso da vacina Pfizer para imunização contra a COVID-19 em crianças entre 6 meses e 4 anos de idade.
DESCRIÇÃO DAS COMORBIDADES INCLUÍDAS COMO PRIORITÁRIAS PARA VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19:
Grupo de comorbidades |
Descrição |
Diabetes mellitus |
Qualquer indivíduo com diabetes |
Hipertensão Arterial Resistente (HAR) |
Indivíduos com pneumopatias graves incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sistêmicos ou internação prévia por crise asmática ou uso de doses altas de corticóide inalatório e de um segundo medicamento de controle no ano anterior). |
Hipertensão arterial estágio 3 |
PA sistólica ≥180mmHg e/ou diastólica ≥110mmHg independente da presença de lesão em órgão-alvo (LOA) |
Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo |
PA sistólica entre 140 e 179mmHg e/ou diastólica entre 90 e 109mmHg na presença de lesão em órgão-alvo. |
Doenças Cardiovasculares |
|
Insuficiência cardíaca (IC) |
IC com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association |
Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar |
Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária |
Cardiopatia hipertensiva |
Cardiopatia hipertensiva (hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo) |
Síndromes coronarianas |
Síndromes coronarianas crônicas (Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós Infarto Agudo do Miocárdio, outras) |
Valvopatias |
Lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico (estenose ou insuficiência aórtica; estenose ou insuficiência mitral; estenose ou insuficiência pulmonar; estenose ou insuficiência tricúspide, e outras) |
Miocardiopatias e Pericardiopatias |
Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática |
Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas |
Aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos |
Arritmias cardíacas |
Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais; e outras) |
Cardiopatias congênita |
Cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico. |
Próteses valvares e Dispositivos cardíacos implantados |
Portadores de próteses valvares biológicas ou mecânicas; e dispositivos cardíacos implantados (marca-passos, cardio desfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência) |
Doenças neurológicas crônicas |
Doença cerebrovascular (acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular); doenças neurológicas crônicas que impactem na função respiratória, indivíduos com paralisia cerebral, esclerose múltipla, e condições similares; doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular; deficiência neurológica grave. |
Doença renal crônica |
Doença renal crônica estágio 3 ou mais (taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e/ou síndrome nefrótica. |
Imunocomprometidos |
Indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças inflamatórias imunomediadas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas. |
Hemoglobinopatias graves |
Doença falciforme e talassemia maior |
Obesidade mórbida |
Índice de massa corpórea (IMC) ≥ 40 |
Síndrome de Down |
Trissomia do cromossomo 21 |
Cirrose hepática |
Cirrose hepática Child-Pugh A, B ou C |
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