Os procedimentos de ortopedia realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nem sempre têm uma resolutividade esperada pelo paciente, mas vem atendendo a população e apresentando resultados positivos.
Um caso específico aconteceu com o jovem Wellington Felipe de Oliveira. Ele sofreu um grave acidente, na Rodovia do Café, em janeiro de 2010 e precisou percorrer por vários hospitais até encontrar o atendimento necessário para evitar que sua perna fosse amputada.
Depois do acidente, ele passou por várias cirurgias e, encaminhado pela SMS, esteve em hospitais de Londrina, Ponta Grossa, Curitiba e Campo Largo buscando salvar a perna direita atingida. "Foi um grande sofrimento até que fui encaminhado para Campo Largo e lá quem me atendeu, para mais um diagnóstico, foi o doutor Guilherme Moura, coincidentemente de Telêmaco e que atende pelo SUS também no município", contou.
Wellington relata que a partir desse encontro começou a ver solução para o seu problema. "Graças ao doutor Guilherme hoje posso dizer que minha perna está salva e em breve voltarei a andar", relatou.
O tratamento está sendo possível, porque é custeado pelo SUS. "Jamais teríamos condições de pagar tudo o que foi feito até agora. Acredito que todo o tratamento não sairia por menos de 200 mil reais, quantidade alta para um aposentado", disse o pai de Wellington, Paulo Oliveira. Ele diz que é grato à Secretaria de Saúde que não mediu esforços para a recuperação de seu filho. "Sempre que precisamos fomos atendidos pela Secretaria, e foram muitas viagens para consultas e cirurgias", ressaltou.
O médio Guilherme Moura é ortopedista especialista em reconstrução. Ele explicou que o caso do Wellington era grave e existia uma grande exposição óssea. Para salvá-lo da amputação, mais uma cirurgia foi feita, esta para reconstituir a perna e implantar o aparelho Ilizarov que serve para alongar o osso. O aparelho ajuda na reconstrução do osso alongando-o em um milímetro por dia.
Guilherme acredita que em três meses a perna do Wellington esteja reconstruída, mas ainda será necessário mudar o aparelho para o pé que também precisa de reconstrução. Na avaliação do médico, Wellington está reagindo bem ao tratamento e deverá voltar a andar.
Para o secretário municipal de Saúde, Ricardo Arcanjo, o caso Wellington não é o único. "Temos vários pacientes que recebem tratamento pelo SUS e nós queremos que todos tenham um atendimento, o que nos falta é maior investimento pelos governos Estadual e Federal, garantindo-nos os recursos necessários para realizarmos tudo aquilo que a comunidade precisa", frisa.
O caso do jovem Wellington, na avaliação do secretário, vem demonstrar que é possível avançar, desde que se tenham profissionais disponíveis para realizarem os procedimentos, mesmo porque hoje, o que emperra o andamento das cirurgias é o baixo custo pago pelo SUS.

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